Uma mineira, de Belo Horizonte, que se revela pela versatilidade e tem sido considerada como uma das promessas da nova MPB, se destacando pela performance no palco e força de sua voz.
Apesar de nenhuma herança musical, começou a se interessar por música muito cedo. Aos oito anos, arriscava cantar Aretha Franklin e mostrava performances a "la Tina Turner". Sempre estudando e se aperfeiçoando, participou de vários espetáculos musicais e bandas de vários estilos musicai, de onde pôde tirar muita experiência no palco. A essência brasileira sempre esteve muito presente nas músicas de nathy, e o Hip Hop é uma cultura que ela ama e leva consigo. Nathy compôs "Meu esquema", "De repente", "Só escuta o som", "Areia, mar e sol", e "Tempestade", ambas fizeram parte de coletâneas no Brasil. Foi fundadora e vocalista da banda "Bala Black" , durante três anos. em 2008, recebeu um convite para estudar jazz em Portugal e desenvolver sua carreira solo na Europa. Por lá, estudou, se apresentoou em festivais e eventos e põde amaduracer as idéias musicais. Um ano e meio depois, transformada e com novas propostas, volta para o Brasil para gravar seu primeiro disco solo. Traduzindo seus gostos, ela classifica a música que faz como MEB (Música Espontânea Brasileira), que é genuinamente brasileira, mas que não pensa em ser um gênero musical rotulado. Há uma mistura de R&B, Soul, Rap, Afrobeat, entre outros elementos eletrônicos. O Show traz o balanço do som brasileiro, misturado ao que há de mais novo dentro da música mundial. No repertório, o trabalho autoral traz músicas como "Mais", "Meu Esquema", "Açúcar", e "Insônia". Além das músicas próprias, a cantora brinca com os sons e faz releituras de Tim Maia, Novos baianos, Dawn Penn, Lauryn Hill, Bob marley, entre outros. Entrevista, por Vitor Reis. NM (NossoMundo): Saudações Nathy Faria, seja muito bem vinda! NM: Nathy, quando você começou a escrever, e como foi que você se interessou pela Cultura Hip Hop? Nathy Faria: Eu não me lembro ao certo de quando comecei escrever letras de música, isso acontece desde que eu me entendo por gente. A primeira letra que lembro de ter musicado foi aos 11 anos, e era uma música romântica. Eu comecei me interessar por Hip Hop por influências do meu primo Guto, quando eu tinha uns 16 anos, ele participava do movimento e tinha um grupo de rap na época. Eu ouvi rap pela primeira vez na casa dele, depois fui pesquisando, comecei ir a festas, conhecer as pessoas e entender o movimento como um todo. NM: Você tem certa afinidade com a Música Popular Brasileira. Porque você escolheu o RAP, e quais sãos sua influências no mundo da música? Nathy Faria: Tenho muita afinidade, eu cresci ouvindo MPB e Soul Music. Essa resposta é bem complexa (rs). Na época em que conheci o hip hop, como disse na resposta anterior, meu primo tinha um grupo de rap e me chamou pra participar de uma música. Eu não tinha experiência em escrever letra de rap, mas arrisquei e gostei muito do resultado. As pessoas me chamavam pra gravar raps, participar de shows e foi tudo muito rápido.De repente, começaram a surgir ideias e mais ideias ,eu escrevia umas 2 letras por dia, e ouvir rap era um vício. Com o passar do tempo, comecei a pensar com outras linguagens musicais e não podia mais me classificar como uma cantora de rap, aí comecei a busca de “quem eu sou” e tal. Inclusive, nesta época precisei ter um distanciamento do hip hop, pra entender o que eu gostava e o que eu queria de verdade. Minha influência musical é o dia-dia, tudo o que vejo, escuto e sinto por aí. Mas, há cantores como Lauryn Hill, Bob Marley, Tim Maia, Billie Holiday, Aretha Franklin, Clara Nunes, entre outros, que me influenciam muito, sempre. NM: Sabemos que você já participou de alguns festivais, e também integrou alguns grupos já consagrados no Circuito Musical Mineiro. Você poderia contar um pouco sobre estas participações? Nathy Faria: Participei de alguns festivais, como o Festival de Música de Belo Horizonte e Conexão Vivo, em BH, com a banda que eu tinha, a Bala Black. Participei de vários eventos com bandas como Black Sonora, Beatriz Rodarte, Samba de Luiz, entre outros. Gravei no disco do Julgamento e sempre faço participações nos shows deles. Eu amo participar, fico honrada quando me convidam, é sempre positivo esse intercâmbio com as bandas, aprendo muito com isso. NM: Você está trabalhando na produção de um CD, correto? Quais músicas serão relançadas neste novo álbum, e o que podemos esperar deste novo trabalho? Nathy Faria: Certo! É meu primeiro disco, chama “Saindo do Lugar” e ele sintetiza bem o que eu sou e minhas principais influências. Serão relançadas, com versões bem diferentes, as músicas “meu esquema”, “de repente” e “mais”. Pode-se esperar uma grande mistura musical, mas algo com bastante personalidade. Nas músicas eu falo de preconceito, de relacionamento, de união, de correria, de insônia. Há uma música, a “Açúcar” que brinca com o fato das pessoas ficarem mal humoradas, azedas, frias... eu proponho um remedinho pra elas. NM: Tem alguma participação especial neste álbum? Nathy Faria: Tem sim. Participam os músicos Marcelinho Guerra, Kiko Klaus, Kadu Viana e há ainda participações surpresa, que assim que o disco estiver pronto eu conto. NM: De um tempo pra cá pudemos perceber uma evolução nas iniciativas e ações da juventude de Minas em diversas áreas de atuação em nosso estado. Como é o caso do serviço social comunitário, do esporte, das artes, da dança, da música, e etc. A que você atribui estas mudanças? Nathy Faria: As pessoas estão começando a entender a lei de ação e reação, que o que fazemos volta-se contra nós, seja bem ou mau. Todos podemos ajudar alguém de alguma forma e é um egoísmo não fazer isso. NM: A polêmica praça da estação foi, e é palco, de promissores eventos culturais em nossa cidade, e marcou uma época de grandes revelações da música, da arte, e da cultura urbana. Hoje a praça é palco de manifestações e encontros em favor da livre utilização, e da não comercialização do espaço público. Qual a sua opinião sobre este assunto? Nathy Faria: Sou a favor da praça livre e contra a comercialização. É um espaço que temos, como você mesmo disse, pra grandes eventos culturais. BH já sofre com a falta de espaços para a manifestação cultural, cada dia um lugar não dá certo e fecha, isso é muito triste. É um impasse pros produtores culturais terem que pagar para utilizar a praça, que é pública. Mas, sou a favor também das pessoas se manifestarem quanto aos cuidados com a praça, com o espaço público, em geral. Precisamos cuidar do que é nosso por direito. NM: Você já participou de algum show na praça da estação? Quando foi, e como foi? Nathy Faria: Participei de alguns eventos lá, todos foram muito bacanas. O último que participei foi o Transborda no final do ano passado, com o Julgamento, e foi bacanérrimo. A estrutura estava muito boa e fazer show em praça é lindo, é gratuito, todas as pessoas podem ter acesso, a gente recebe um público bem diverso. NM: O que você espera do Circuito Musical em nosso estado? Nathy Faria: Espero abertura para novos artistas, sempre. E união entre os integrantes do circuito é muito importante, uns ajudarem os outros, criarem parcerias pra que todos tenham divulgação. NM: Nathy. O nossomundo agradece pela sua receptividade, e reserva aqui um espaço para você deixar sua mensagem para os nossos leitores e para as pessoas que acreditam no seu trabalho. Fique a vontade. Nathy Faria: Eu agradeço muito pelo espaço, pelo carinho com meu trabalho. Valeu demais! Muito sucesso ao “nossomundo”! Para os leitores, escutem muita música, dos mais variados estilos, experimentem novas sensações sempre! O cd tá saindo do forno. Tá quase. Enquanto isso, espero vocês nos shows! Muito obrigada! Contatos para show: E-mail:
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Site: www.nathyfaria.com myspace: myspace.com/nathyfaria
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